quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Férias 2010


Hoje é meu último dia de férias. Lembro da escola quando retornávamos às aulas e a professora de Português pedia para que escrevêssemos uma redação sobre como foram os dias de folga. Pois embalada nas lembranças do passado, e ainda com um gostinho de liberdade na alma, já que só volto ao trabalho AMANHÃ, antecipo a lição.
Foram 13 meses de trabalho ininterrupto, sem direito a feriados, ou finais de semanas completos. Mas esta foi a profissão que escolhi e procuro exercer com competência e responsabilidade.
Mas como diria Amir Klink “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV.” Discordando em parte porque os livros sempre me fizeram e fazem viajar. Mas eu realmente precisava respirar outros ares.
Uma das coisas mais curiosas e divertidas que fiz foi construir um móvel. É minha gente... uma estante que parecia um dragão de três cabeças. Porém, não se constrói um móvel sozinho. E o manual de instruções avisava isso claramente, e o vendedor da loja nos incentivou a montarmos os dois, nas palavras dele: “Isso une as pessoas.” Nosso filósofo da Tokstok tinha razão.
Levamos o trambolho para casa e começamos a desvendar cada peça como se fosse um quebra-cabeça. Um segurava o martelo de borracha, a outra a chave de fenda, e aos poucos todos aqueles pedaços de madeira foram tomando forma.
Chegamos a pensar em desistir, tamanho o esforço e complicação do bicho, mas a força que nos une é muito maior e é capaz de encarar e superar os piores desafios.
A estante está de pé. Confesso, um lado ficou meio torto. Mas este lado nós ajustaremos aos poucos, juntos e com novas ideias.
Então foi isso que eu fiz nas minhas férias, construí um móvel, solidifiquei um amor e descobri que a verdade liberta. E que para construir móveis ou uma vida a dois eu preciso ser verdadeira, cúmplice e me amar acima de tudo.
Foram os melhores 19 dias da minha humilde existência de 25 anos. O que pretendo construir nos próximos sessenta será sempre baseado na verdade, na cumplicidade e no amor.
A verdade e os móveis construídos a dois, aproximam as pessoas. E eu usarei fundamentalmente a verdade, sem parcimônia para construir uma felicidade perene ao lado do homem da minha vida.