sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Nuevo

Ainda não li nenhum 1% dos livros que pretendo ler durante a minha vida, ainda não visitei 10% das cidades que sonho em visitar, mas cada vez que conheço uma nova pessoa, vejo como o ser humano é um mundo de possibilidades.
Pessoas normais me cansam...Pessoas previsíveis, que julgam pela aparência, que ostentam valores e conhecimentos, gente que não sorri despretenciosamente, simplesmente por achar que um sorriso pode ser revelador demais...Gente que gosta de doutrinar os outros, gente intransigente, gente que fala e não ouve o que diz...gente que nunca assume erros, culpas, gente que é o tempo todo burra, ou o tempo todo inteligente...
Tenho amigos, ou até conhecidos que cada vez que me permitem exercer o debate, me concedem verdadeiras aulas do que é viver. Sim, porquê juntando a experiência de cada um, com a minha, que ainda é tão pouca, e as vezes quando apresentada, parece tão muita...eu vou construindo blocos de concreto para facilitar minha travessia por esta vida...
Cada pessoa esconde um universo em si, e eu adoro observar as pessoas, e ficar imaginando qual a história de cada um...não me atrevo a fantasiar, acho mais interessante e sábio estar sempre aberto para novas conquistas, e obviamente, conquistas no sentido do conhecimento pessoal, envolvimento romântico nesses casos ficam em segundo plano, isto é, quando estão nos planos.
O vocabulário de cada um é algo que me fascina também. Palavras ditas de forma coerente são extremamente sensuais para mim, não necessariamente tratando de casos prolixos, pois muitas vezes o excesso, vira sobra.
Ah, mas como eu gostaria de conversar com pessoas interessantes, sentindo o ar das montanhas, e tomando um café expresso. Falar sem ter que medir as palavras, e apreender o que o outro diz, entre um gole e outro. Mas em dias turbulentos, de crise e falta de atenção, essa minha vontade tem passado batido... E as pessoas passam, o tempo passa e o aprendizado fica mais restrito. Por isso, preciso guardar dinheiro, para comprar mais livros, ter mais chances de viajar, e pelo menos poder ver e imaginar os universos andantes por aí...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

MUDANÇAS EXTERNAS E INTERNAS

Do final de 2008 pra cá, eu resolvi radicalizar. Não sei se todo mundo é assim, mas todas as vezes que eu quis revolucionar algo dentro de mim pensei de antemão em mudança externa. Cortar o cabelo, fazer uma tatuagem, emagrecer...parece besteira, mas comigo funciona.
Dessa vez, depois de longos 6 anos resolvi enfiar a tesoura nas madeixas de Rapunzel e deixar pra trás seus simbolismos. Tem dado certo...Ouvi muitas pessoas me falando que eu estava mais centrada, aparentemente mais madura e meus hábitos mudaram também.
Já não consigo mais sair da minha casa pelo simples fato de precisar "ver a rua". Não me disponho a me arrumar, dirigir meu carro, entrar em um lugar barulhento, apenas para fazer aparições públicas para uma sociedade que me cansou.
É, cansou mesmo. O mundinho de fumaça de cigarro, as músicas que exaltam "hips", "fucks", "Jahs" e por aí a fora. Por outro lado, não dispenso uma boa comida japonesa, em um ambiente bem climatizado e com atendimento eficiente. Metida? Fresca? Não, não. Nada disso. Só estou me poupando de chegar em casa ranzinza e cheia de achismos sobre os outros.
Eu sei que eu mudei, e sei que posso mudar ainda mais, só que essa mudança não precisa ser retratada a muitos, aliás, poucos serão os escolhidos para usufruir da nova Karla.
Nossa, e agora lendo essas palavras, como estou egocêntrica. Credo.
Mas preciso desabafar comigo mesma, compartilhar por escrito dos meus pensamentos...
Falar para os meus olhos...
EU, MIM, MEUS, MINHA...
Vou refletir um pouco mais sobre isso...