sexta-feira, 14 de maio de 2010

Desabafo...


Tenho andado mais melosa do que o normal. Sabe aquela música do Zeca Baleiro “Ando tão a flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar...”?
Eu sempre fui muito passional desde sempre. Mas há algum tempo uns sentimentos gritam dentro de mim. Nada me emociona mais do que ver um casal apaixonado trocando juras de amor. Mesmo que essas juras não se cumpram. Mesmo que eles terminem o namoro ou o casamento no dia seguinte. Sou do princípio de quem ama cuida e também fala. Dizem que não se pode esbravejar a felicidade, porque a inveja tem sono leve.
Não aposto nisso. Tenho fé em Deus o suficiente para me sentir protegida e nutrir sentimentos puros que não agouram a vida de ninguém. Eu me encho de alegria ao ver que meus amigos estão crescendo. Que todos estão tomando rumo na vida. Uns trabalhando demais. Outros casando e tendo filhos.
O maior sonho da minha vida é ter uma família feliz com filhos e um cachorro, sabe? Coisa bem clichê, de filme de sessão da tarde ou comédia romântica com atrizes da moda.
Não me envergonho de dizer que não almejo milhões na minha conta bancária. Não preciso de jóias e carros para ser feliz. Quero apenas alguém do meu lado, pra ir de mãos dadas ao cinema. Pra escolher o nome dos nossos filhos, mesmo que eles só venham a nascer daqui a cinco anos. Coisas simples, triviais e que hoje em dia parece que as pessoas deixaram de lado.
Poxa. Eu quero alguém que entenda que nos dias de TPM eu necessito de mais atenção. Não sou uma chata que gruda no pé. Sou independente e luto todos os dias com unhas e dentes para nunca precisar estar com alguém por falta de opção ou comodidade financeira.
Acordo cedo, corro atrás das minhas coisas e já não me importo de usar um tênis velho no lugar do salto alto. Aprendi que não é isso que me torna mais ou menos bonita. Pouco ou muito atraente aos olhos dos outros.
Mas porque será tão difícil conseguir despertar outras pessoas para estes valores? Eu posso sim viver até o final da vida sozinha. Só que eu NÃO quero. Nasci pra ser casal, e de casal me transformar em mini-mins e mini-ele que tenho certeza irão me ensinar coisas que eu nunca imaginei todos os dias.
Eu passo longe da perfeição e já fiz muita burrada na vida. Atualmente tento não jogar lixo na rua, parei de fumar e não consumo mais bebida alcoólica pensando em mim e nas pessoas que me amam e um dia ainda podem vir a me amar. Quero um país mais justo. Dói minha alma ao testemunhar uma injustiça. E não, não quero me vender aqui como um bom partido. Ou uma boa escolha.
Quem escolhe somos nós, protagonistas de nossas vidas. E eu escolhi ser feliz a qualquer custo, mesmo que isso me leve horas de aflição, aperto no coração e diversas desilusões.
A aventura não é encarar o perigo. É manter os valores intactos, mesmo que todo mundo diga “você não pode ter a praia e a montanha.”
Não quero a praia e a montanha. Ambas habitam em mim.

2 comentários:

Karina disse...

Que lindo, Karla. Parabéns pelo texto. Sempre te acompanho por aqui. Espero que continues escrevendo.
Beijos

Hyrlene disse...

Que coisa mais linda amiga... Acho que me identifiquei... rsrs
Bjs