quinta-feira, 12 de maio de 2011

As Mônicas de nossas vidas.



Coincidência ou carma? Durante a minha infância a Mônica mais conhecida era aquela personagem criada por Maurício de Souza. A que até hoje é sucesso entre as crianças e passou por várias gerações. A baixinha, gorducha e dentuça sempre teve a auto-estima lá em cima, não se importando com os xingamentos de seus arqui-rivais nem que pra isso quase sempre fosse necessário lançar mão e lançar alto o famoso coelhinho Sansão.
Pois bem, a minha época de devorar os gibis passou e o que veio em seguida foi a fase da adolescência, marcada pela história de outra Mônica.
Quem não se lembra de Mônica Lewinsky? A estagiária da Casa Branca graduada em psicologia e que realmente abalou o psicológico do então mais poderoso homem do mundo: o ex-presidente dos Estados Unidos da América Bill Clinton. Essa aí foi do babado! Eles poderiam ir para um Hotel chique, ou até um motel de beira de estrada desses que assistimos em filmes blockbuster. Os pombinhos resolveram fazer sexo oral na sala oval da White House. Símbolo, sede do poder e do império dos norte-americanos. Tsc tsc. Seria algum fetiche do Mister President? Ou exigência da Senhorita Mônica? Essa é uma questão que ficará no imaginário e na História para sempre.
Mas como se não bastasse, nosso Brasil também têm Mônicas. E das boas viu. Mônica Veloso, jornalista e com um corpinho de dar inveja a muitas “tchutchucas”. O ano era 2007. O caso chamado Renangate envolvia o nome do então presidente do Senado Renan Calheiros com escândalos de corrupção denunciados na imprensa. O coitado do senador, seduzido aos encantos de mais uma Mônica teve uma filha com a gostosona. E depois que o romance acabou foi acusado de recorrer à ajuda financeira de lobistas ligados a construtoras, que teriam pago despesas pessoais, como o aluguel de um apartamento e a pensão alimentícia para a jornalista mineira. A bagatela de 12 mil reais. Por baixo, né gente? Vamos combinar que míseros 12 mil reais não dão nem pra pagar a academia,o personal trainner, os tratamentos estéticos, o botox, as hidratações semanais no cabelereiro... Que isso, minha gente? Uma mulher precisa se cuidar. Eu hein! O resultado do poder de mais uma Mônica os leitores da Playboy puderam conferir através das lentes do expert J.R Duran em outubro de 2007. Eu não vi. Mas acredito nela quando disse que “Não precisou de photoshop”. Ora, quem precisa?
Para terminar minha singela homenagem às Mônicas deixei para o final, a não menos importante Mônica Pinto. Ela que está bombando nos jornais e telejornais paraenses e até já apareceu no Jornal Nacional dando entrevista exclusiva ao meu colega de trabalho Fabiano Vilella. Sempre com suas jóias cravejadas de brilhantes, suas blusas de cetim, maquiagem impecável e cabelos de comercial de shampoo (importado óbvio né?). A ex-chefe da seção da folha de pagamento da Assembléia Legislativa do Pará resolveu abrir o verbo e colaborar com a investigação do Ministério Público. Segundo Mônica, cerca de um milhão de reais eram desviados por mês da ALEPA e ela contou sobre funcionários fantasmas, existência de laranjas, estagiários contratados que nem eram estudantes. Uma farra sem fim. Mônica Pinto assumiu a direção do Departamento de Gestão de Pessoal a convite do então presidente da Casa, ex-deputado Domingos Juvenil. Dizem as más línguas que os dois chegarem a ser mais do que apenas bons amigos. Mas isso é o que dizem por aí. E vocês sabem, o povo fala demais...
Porém sobre o romance com Robson do Nascimento, o ROBGOL, esse sim, Mônica revelou sem pudor. E como tudo que é bom dura pouco, foi a própria quem sugeriu ao Ministério Público que desse uma checadinha na casa do ex-Papão. Mas eles só encontraram 500 mil reais em dinheiro e 40 mil reais em vale-alimentação. Vocês também sabem o que comentam sobre esse pessoal do meio futebolístico...gostam de uma festinha. É sempre bom, ter uns trocados em casa.
Perguntada em entrevista à TV Liberal se “Sentia algum constrangimento por ajudar no desvio de dinheiro público?” Mônica disse que sim. Que sentia vergonha. E terminou jogando os cabelos pra trás numa mensagem subliminar que despensaria qualquer outra frase. Entretanto ela arrematou: “Como posso explicar, o inexplicável?”
Não explique Mônica. Nós sabemos que a culpa toda é do estigma criado por Maurício de Souza. Ta aí a resposta. Elas não são baixinhas. Não são gordinhas e muito menos dentuças.

2 comentários:

Mad Melo disse...

Esperamos que esta investigação traga algum resultado, pois já não dá para ver a pseudo-celebridade negativa Mônica Pinto "jogar a pedra na Geni" e esquecer que a própria é uma das personagens, que mais está afundada até o fio mais comprido de seus longos cabelos, neste mar de lama que jorra da ALEPA... Parabéns por seu texto e por costurar tão bem as conexões entre "As Mônicas de nossa vida".

cleiton satiro disse...

Muito bom Karla!