Gentchy! Olha eu aqui outra
vez!!! Nada melhor do que atualizar o blog com novidades!
Muita gente anda especulando
sobre o meu sumiço das telas paraenses. Já soube que alguns ouviram boatos que
fui demitida. Outros que ganhei na mega-sena (quem dera, hein!) e por isso “dei
um perdido na galera”. A maioria sabe que estou morando no Rio de Janeiro
porque viu comentários no meu facebook. Mas desde quando? E porque essa
mudança?
Calma. Muita calma. Faz comigo:
owmmmmmmm. Não foi uma decisão repentina. Eu e meu analista sabíamos que isso
poderia acontecer cedo ou tarde. Eu NÃO fui demitida. Pedi pra sair da TV
Liberal, empresa em que trabalhei como repórter nos últimos 3 anos e aprendi
muito sobre a vida. A minha vida. A vida dos outros. O “viver coletivamente”.
Foram anos lindos em que sorri muito mais do que chorei. Ouvi palavrões que nem
a minha falecida avó poderia imaginar que existem. Entrevistei desde
traficantes até chefes-de estado. (Hum.Hum.) Senti o frio na espinha que só uma
“entrada ao vivo” provoca e o gostinho repetitivo de sempre parecer que era a
primeira vez.
Pois é, deixei o microfone de
lado por uns tempos. O mundo na TV é viciante. Você entra e não quer mais sair.
E se deixarem, você não sai e acaba esquecendo que existe vida (inteligente)
fora daquela tela plana. Eu vim pro Rio de Janeiro, mas não foi por causa de
uma proposta da Globo ( e de nenhuma outra emissora concorrente).
Eu recebi sim uma proposta. Que
veio em uma noite despretensiosa via SMS no celular. Depois de quase três anos
de relacionamento, meu namorado resolveu que deveríamos tentar ficar juntos.
Era uma ideia que ambos vínhamos amadurecendo há pelo menos seis meses, mas que
muitas vezes foi descartada por causa dos inúmeros percalços da vida.
Pra quem não sabe, meu namorado é
jornalista, escritor, professor universitário etc e tal... e é muito diferente
do que ele escreve. Não viagem! Ele não é o Antônio Pastoriza. (Mas o livro é muito bom! Podem comprar!!!)
E aqui estamos: dois despreparados no quesito “casamento” nos
esforçando diariamente pra fazer essa decisão valer à pena.
Posso ouvir daqui os gritos e sussurros
do povo mais feminista:
- Como ela largou TUDO por um
cara? – pode dizer alguma amiga.
- Esse é gostosão hein. A mulher
deixou o emprego na Globo por causa dele!- deve estar conjecturando alguma
leitora.
Mais uma vez, repita comigo: “Owmmmmmmm.”
Eu
NÃO deixei TUDO. Eu tinha um emprego muito bom, mas que alguma hora eu iria ter
que largar. Sou uma inquieta por natureza. Minha família não está aqui AGORA.
Porém, nesse campo sou mais sortuda que o famoso “Dudu da loteca”, o que eles
querem é me ver feliz. Enfim, foi uma escolha. E escolhas vocês sabem como é...
sempre pedem uma renúncia em troca.
Vou esclarecer mais uma coisa: eu
não virei madame. Meu namorado não é rico, e ainda que fosse não é do tipo que
manda flores e dá diamantes de presente. Pois é, só que isso eu já sabia desde
o início, e nunca foi problema.
Eu estou sim, morando no Rio de
Janeiro, mas não fui nenhuma vez à praia. Não encontrei artista na rua e
nenhuma liquidação de tirar o fôlego (:( Grrrrr!)
Meus dias têm sido para me
acostumar a dividir a cama com alguém. Alguém insone, que me empurra porque “diz”
que eu ronco. O “sonho de princesa” que algumas pessoas acham que estou vivendo
tem mais a ver com a primeira parte da Gata Borralheira. Estou lavando louça
como nunca lavei em casa ( desculpa mãe!), meu namorado agora conhece todas as
minhas calcinhas, e o pior de tudo: ainda não tenho um cabeleireiro de
confiança, uma manicure pra fofocar, uma massagista pra desabafar... minha
vitória hoje foi conseguir tomar banho sem adquirir queimaduras de 2º grau ou
congelar meu nariz. (Yeahhh).
Todos os dias um de nós dois pelo
menos pensa em desistir. Eu com medo
de não dar conta do tranco. Ele com medo de sei lá o que (homem de 41 anos NÃO
deveria ter medo!).
Mas as inseguranças, as neuras, a
angústia... tudo passa. Ela volta de novo, mas nós guerreiros como sempre fomos,
tratamos de expulsá-la.
E é isso que eu tenho feito. Nada
de conto de fadas. Nada de filme pornô. Nada de ANORMAL. Lutando dia após dia
por momentos felizes.
Torçam por mim! E aos invejosos
de plantão (sempre há, infelizmente) pensem que estou sem fazer escova há mais
de duas semanas!