quinta-feira, 9 de abril de 2009

Lágrima frouxa


Porquê as mulheres choram? Já li um livro que tentava explicar, não lembro mais os motivos expostos lá, mas me pergunto porque EU choro tanto.

Conscientemente eu sei que chorar por conta de alguém, só afeta a mim mesma. Sim porque eu me fragilizo, aumento as chances de rugas precoces, amanheço com o rosto deformado de inchaço e ainda posso pegar um resfriado.

Mesmo assim ainda não aprendi a deixar de chorar. Eu choro em filme triste, choro em música romântica, choro na missa, choro quando brigo com alguém, choro se não reconhecem meu trabalho, mas o choro mais dolorido é pelo amor romântico.

E homem odeia mulher que chora, já perceberam? Não adianta achar que o choro vai comover o guri porque eles não se comovem, pelo contrário, ficam com raiva, te acham passional, melindrada e por aí vai...

Então porque droga eu choro por causa de alguém que não merece meu choro?!

Odeio ser passional, mas se eu fosse racional nas coisas do coração, acho que ficaria sozinha para sempre. Porquê usando a razão, você vai ficar buscando a figura ideal pra estar do seu lado, e essa figura definitvamente, não existe!

Aí eu choro, fico na fossa, por causa de uma resposta atravessada, de um mal-humor que eu não tenho responsabilidade, da falta de uma palavra de carinho...

Mas como eu vou mudar? Minha esperança é que as lágrimas sequem...ou que quem eu amo tente se esforçar pra não me fazer mais chorar...:~(

terça-feira, 31 de março de 2009

MEDO


Do que você tem medo? Eu tenho medo de perder quem eu amo. Tenho medo de doenças incuráveis. Tenho medo de esquecer boas lembranças. Do que você tem medo?
Muita gente não assume que tem medo. Acha que o medo é sinônimo de fraqueza. Então, do que você tem medo? De ser fraco? De ser humano? De se entregar? Eu tenho medo de assalto. Tenho medo de cobras e insetos venenosos.
Eu não tenho medo de acreditar nas pessoas. Não tenho medo de correr riscos. Não tenho medo de demonstrar que posso ser frágil, insegura e me sentir triste sem nenhum motivo às vezes.
Mas eu tenho medo de velocidade, tenho medo de não poder ter filhos e tenho medo de decepcionar quem acredita em mim.
O medo faz parte da nossa vida. Ele não é algo de todo ruim, só mesmo quando ele paraliza e não nos deixa seguir em frente. Então do que você tem medo? Tem medo de sentir medo? É...as vezes eu também tenho. Mas o medo existe, e ele é bom e ruim...aliás, como tudo na vida...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Amor Eterno Vs Bunda Imediata


Hoje em dia os meios de comunicação são um capítulo a parte na vida das pessoas. Sou nova, mas lembro que na minha infância eu sempre preferi brincar sozinha com as minhas Barbies do que ficar assistindo desenhos na TV. Aliás, sinto que a minha ligação com as palavras e a comunicação despontaram nesta época. Com uma mãe bibliotecária, eu sempre vivi rodeada de livros, criava minhas próprias estórias e literalmente viajava na maionese...

Mas voltando para a atualidade, posso garantir que hoje assisto mais TV do que antes. Eu gosto de ver os telejornais, não acompanho fielmente as novelas, mas sempre sei pelo menos o enredo que elas tratam. Essa introdução falando sobre MCM e da "aurora da minha vida, minha infância querida", foram na verdade pra respaldar uma constatação que fiz recentemente.

Li em um nick de um conhecido meu a seguinte frase: "o homem promete amor eterno, para ter a bunda imediata"; não lembro se a frase é dele ou do Arnaldo Jabor, que pra mim está mais próximo de ser.

Mas concordei com a afirmação. E o que a TV por exemplo tem a ver com isso? Não que seja culpa dela, não APENAS dela. Acredito que a TV vulgariza, explora, desrespeita, nós mulheres de uma forma grotesca e grosseira.

Não pretendo fazer aqui uma análise de conteúdo, até porque isso é blog e não tese de doutourado, mas eu acredito que muitos homens acabaram banalizando o corpo da mulher, de tanto que eles estão carecas de vê-los em revistas, jornais, internet, TV etc.

Então, os "ESPERTÕES" acabam apelando para o lado emotivo, para iludir as coitadas que acreditam em papai Noel, e prometem mundos e fundos...até conseguirem uma noite de sexo. O que é pior, se fosse uma via de mão dulpa, poderíamos considerar um caso mais ameno, mas geralmente os homens são uma BOMBA de ruim, tanto antes, durante e depois.

Não quero aqui dar uma de feminista e dizer que as mulheres são vítimas indefesas. Também não é por aí... Mas a burra da mulher insiste em acreditar quando o cara diz que ela é "ESPECIAL". Eu quero ser tudo na minha vida, menos esse tipo de mulher especial. É clássico! "Você é tão especial...que eu nem te mereço." "Você é tão especial, que tenho medo de me apaixonar por você." "Você é tão especial, que eu prefiro ficar com a minha namorada, feia, mal-humorada e cafona, porquê ela é menos especial." ARGH.

Abaixo as mulheres especiais. Eu não quero nunca ser chamada de especial. Diz logo que a mulher tem uma bunda gostosa e que você quer conhecê-la mais a fundo. Mas literalmente mesmo, sem sonzinhos de sino ao fundo...

Mas olhando por outro ângulo, a internet, a TV, os jornais e as revistas estão cheias de mulheres "especiais", por isso se algum gatinho me cantasse com um papo desses, eu já saberia como me sair:

"- Assiste o BBB, leva a Sexy pra passear, paga um chopp pro Amazônia Jornal, mergulha no site das sereias..."

Especial uma vírgula, eu sou ESSENCIAL.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Nuevo

Ainda não li nenhum 1% dos livros que pretendo ler durante a minha vida, ainda não visitei 10% das cidades que sonho em visitar, mas cada vez que conheço uma nova pessoa, vejo como o ser humano é um mundo de possibilidades.
Pessoas normais me cansam...Pessoas previsíveis, que julgam pela aparência, que ostentam valores e conhecimentos, gente que não sorri despretenciosamente, simplesmente por achar que um sorriso pode ser revelador demais...Gente que gosta de doutrinar os outros, gente intransigente, gente que fala e não ouve o que diz...gente que nunca assume erros, culpas, gente que é o tempo todo burra, ou o tempo todo inteligente...
Tenho amigos, ou até conhecidos que cada vez que me permitem exercer o debate, me concedem verdadeiras aulas do que é viver. Sim, porquê juntando a experiência de cada um, com a minha, que ainda é tão pouca, e as vezes quando apresentada, parece tão muita...eu vou construindo blocos de concreto para facilitar minha travessia por esta vida...
Cada pessoa esconde um universo em si, e eu adoro observar as pessoas, e ficar imaginando qual a história de cada um...não me atrevo a fantasiar, acho mais interessante e sábio estar sempre aberto para novas conquistas, e obviamente, conquistas no sentido do conhecimento pessoal, envolvimento romântico nesses casos ficam em segundo plano, isto é, quando estão nos planos.
O vocabulário de cada um é algo que me fascina também. Palavras ditas de forma coerente são extremamente sensuais para mim, não necessariamente tratando de casos prolixos, pois muitas vezes o excesso, vira sobra.
Ah, mas como eu gostaria de conversar com pessoas interessantes, sentindo o ar das montanhas, e tomando um café expresso. Falar sem ter que medir as palavras, e apreender o que o outro diz, entre um gole e outro. Mas em dias turbulentos, de crise e falta de atenção, essa minha vontade tem passado batido... E as pessoas passam, o tempo passa e o aprendizado fica mais restrito. Por isso, preciso guardar dinheiro, para comprar mais livros, ter mais chances de viajar, e pelo menos poder ver e imaginar os universos andantes por aí...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

MUDANÇAS EXTERNAS E INTERNAS

Do final de 2008 pra cá, eu resolvi radicalizar. Não sei se todo mundo é assim, mas todas as vezes que eu quis revolucionar algo dentro de mim pensei de antemão em mudança externa. Cortar o cabelo, fazer uma tatuagem, emagrecer...parece besteira, mas comigo funciona.
Dessa vez, depois de longos 6 anos resolvi enfiar a tesoura nas madeixas de Rapunzel e deixar pra trás seus simbolismos. Tem dado certo...Ouvi muitas pessoas me falando que eu estava mais centrada, aparentemente mais madura e meus hábitos mudaram também.
Já não consigo mais sair da minha casa pelo simples fato de precisar "ver a rua". Não me disponho a me arrumar, dirigir meu carro, entrar em um lugar barulhento, apenas para fazer aparições públicas para uma sociedade que me cansou.
É, cansou mesmo. O mundinho de fumaça de cigarro, as músicas que exaltam "hips", "fucks", "Jahs" e por aí a fora. Por outro lado, não dispenso uma boa comida japonesa, em um ambiente bem climatizado e com atendimento eficiente. Metida? Fresca? Não, não. Nada disso. Só estou me poupando de chegar em casa ranzinza e cheia de achismos sobre os outros.
Eu sei que eu mudei, e sei que posso mudar ainda mais, só que essa mudança não precisa ser retratada a muitos, aliás, poucos serão os escolhidos para usufruir da nova Karla.
Nossa, e agora lendo essas palavras, como estou egocêntrica. Credo.
Mas preciso desabafar comigo mesma, compartilhar por escrito dos meus pensamentos...
Falar para os meus olhos...
EU, MIM, MEUS, MINHA...
Vou refletir um pouco mais sobre isso...

sábado, 13 de dezembro de 2008

Cama vazia...coração partido...


Quem foi que disse que com 23 anos e muitas desilusões amorosas nas costas, alguém aprendeu alguma coisa? Ah...já lembrei...fui eu quem disse. E mordi a língua obviamente.

Eu no meu jeito "Cazuza" de ser e como sempre adorando um "amor inventado", me fudi de novo.

Mas é ruim essa coisa de amar e desamar hein. No começo você realmente acredita que por ele "larga tudo, vai mendigar, roubar, matar..." Como é o negócio? Eu, a mesma mulher tarja preta de meses atrás? É...assim como são as pessoas, são as criaturas...

Mas não posso e não sou de cuspir pra cima...Não é fácil desconstruir idéias, planos que você já viabilizava como sendo certos...


Porquê no final de tudo, o pior sentimento é o da dúvida...será que ele realmente gostava de mim? E como num júri popular são arroladas testemunhas de defesa e acusação, sendo que no banco estão dois reús, que antes adorariam estar sentados juntinhos onde quer que fosse, e hoje mal conseguem falar sem elevar o tom da voz.

Isso me machuca muito. Não procuro o culpado, e se o remédio pra sarar a dor que estou sentindo fosse esse, eu seria réu confessa, sem temer, sem titubear.

Porquê mesmo sabendo que as coisas já não eram mais como antes, existe um quê de masoquismo ou ilusão mesmo de achar que "poderia tentar mais um pouquinho..."

Tá foda. Nessas horas melhor é falar em voz alta: eu me basto, eu me basto, eu me basto...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Profissão? REPORTI.


Vida de repórter não tem moleza...Reporti que tem franja rebelde então...muito pior. Vai gravar a passagem e a danada da franjinha não pára quieta. O cinegrafista xinga, o auxiliar ri, passa laquê, molha, passa cuspe, esquece o texto...Ufa...
Mas esse corre-corre diário na rua excita e entristece às vezes também...Essa semana em especial minhas aventuras foram intensas, fui na garupa de uma moto, claro de capacete, mas com direito a jaqueta jeans, para o bairro mais violento na periferia de Belém. A pauta? Violência. Segurança...ou melhor, a falta dela.
Nunca tinha ido tão longe por uma matéria. Segurei o medo ( da moto e do bairro ) e fui lá, conversar com aquelas pessoas, que me observavam com olhares curiosos, eu e minha franja.
Não estou de parabéns por ter ido lá. Não é um exemplo de profissionalismo. Se for visto assim, pouco me importa, porque ali me senti parte de uma minoria privilegiada e que reclama muito, cria problemas, quando na verdade, o problema é não ter problema...
Não vou fazer do meu blog um espaço de crítica à gestores municipais, estaduais ou federais. Seria repetitivo e cansativo. Mas que as imagens que a lente dos meus olhos registraram ali ( até porquê essa pauta era pra reportagem de rádio )vão me fazer pensar pelo menos duas vezes antes de reclamar do calor ou do trânsito...isso vão.
Mas chega de falar de brabeza, hoje é sexta-feira e até agora às 19h03 eu não fui escalada pra trabalhar sábado. Isso quer dizer que vou poder malhar, fazer massagem, ir à manicure...É..dar uma de mulherzinha é bom também!
Gente...coisa boa é você trabalhar com uma turma do BEM. E isso eu tive sorte. Minha equipe de reportagem é simplesmente MARA, como diria o Seu Ladir. A gente brinca, ri, conta piada de sacanagem, mas na hora de mandar ver no trabalho sério, fazemos com toda propriedade que a nossa profissão exige. É realmente um time.
Por isso meu texto de hoje é dedicado ao MEU repórter cinematográfico, Paulo Roberto, ao MEU auxiliar Manoel Silva e ao MEU editor de imagem Jaiminho carteiro. MEUS, todos MEUS. E eles sabem que eu sou possessiva e escrota também quando é pra ser. Uhuuul. Rs.
Plagiando o meu amado Caco Barcellos...PROFISSÃO: REPORTI!